sábado, 22 de setembro de 2012

João Cabral de Melo Neto

1920 -1999
(...)E se somos Severinos 
iguais em tudo na vida, 
morremos de morte igual, 
mesma morte severina: 
que é a morte de que se morre 
de velhice antes dos trinta, 
de emboscada antes dos vinte 
de fome um pouco por dia 
.(...)

 Morte e Vida Severina

João Cabral de Melo nasceu no Recife. Diplomata de carreira, em 1969 foi eleito para a Academia Brasileira de letras.
Um episódio interessante da travessia artística de João Cabral foi seu afastamento da geração de 45, à procura de uma “nova objetividade’ - expressão mais contundente que o “neorrealismo” -, à busca quase científica de uma pureza expressiva sem igual em nossas letras. No entanto, nunca deixou de lado a dimensão social, o engajamento político de sua poesia. Ao contrário, a capaciade de conciliar ambas as coisas - o objetivismo formal e a participação social - constitui a mais importante de suas características literárias.

João Cabral estreou em poesia em 1942, com a coletânea Pedra do sono. O engenheiro, Pisicologia da composição, o cão sem plumas, o rio, Duas águas ( que inclui o poema dramatico “Morte e vida Severina”) A educação pela pedra, Poesias completas, Museu de tudo, A escola das facas, Auto do frade e Agrestes, constituem os seus trabalhos fundamentais.

MARIA CARMEN, Retirantes, 1991

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